Você já se imaginou trabalhando para um negócio que fará parte da próxima tendência econômica? Em um empreendimento que esteja dentro de um dos setores mais promissores que só vem crescendo no mundo? Pois bem, esta é a economia verde, uma iniciativa que foi lançada pelo PNUMA – Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente em 2008, que visa mobilizar e reorientar a economia para investimentos em tecnologias verdes e infraestrutura natural. Este movimento possui apoio de economistas e tem as seguintes estratégias: valorizar e divulgar os serviços ambientalmente corretos para consumidores; gerar empregos; definir políticas nesse sentido; e desenvolver instrumentos e indicativos do mercado, capazes de acelerar a transição para uma economia verde.
Reforçando este movimento existe o Green Deal, que é um conjunto de ações estratégicas para transformar a economia europeia menos agressiva ao clima e à biodiversidade, lançada no final do ano de 2019. E, atualmente está sendo reforçada, ainda mais, em momento da pandemia. Inclusive, a Comissão Europeia e o Conselho da União Europeia (este,presidido pela chanceler alemã Angela Merkel), possuem o lema da “Reconstrução Sustentável”.
Uma pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 2019, mostrou que os esforços para combater as mudanças climáticas até 2030 gerarão 18 milhões de empregos em todo o mundo. E aqui na América Latina podem gerar mais 4 milhões de postos de trabalho na chamada economia circular.
Um setor importante nesta economia é o das energias renováveis com os biocombustíveis, energia eólica, solar fotovoltaica entre outros. Este setor começa a aparecer também no nosso país, não só pelo biocombustível da nossa cana de açúcar, mas também pelas paisagens que já vêm sendo modificadas pelos grandes cata-ventos no Nordeste e em outras regiões do país. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), já são mais de 619 usinas eólicas no país, com a capacidade instalada de 15,4 GW e a redução de 28 milhões de toneladas/ ano de CO2.
Em um outro setor desta economia está o turismo, principalmente, com o ecoturismo que está crescendo muito no país, com agências especializadas e pacotes específicos para a grande massa. Neste momento, durante e pós pandemia, o isolationist travel ou viagens isoladas para os locais de natureza, foram muito procurados, segundo as principais agências de turismo.
A pesca e a aquicultura também fazem parte dos setores, quando está focada na pesca certificada e pesca sustentável, com vários selos e processos bem rigorosos. O setor florestal não poderia deixar de estar nesta economia, neste caso, estamos focando naquelas florestas também certificadas e com processos que estejam dentro dos parâmetros mundiais de manejo. Grandes empresas se fundindo e trazendo o melhor de cada uma para a questões de gestão ambiental.
Os orgânicos não podem deixar de pontuar nesta economia. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a produção orgânica nacional vem crescendo mais de 20% ao ano, sendo que 70% desta produção é exportada para a Europa.
E, por último, a indústria e suas práticas de sustentabilidade para garantir os negócios dentro das cadeias de fornecimento internacional. Neste sentido pode-se observar o aumento de empresas certificadas com a ISO 14.001, referente ao respeito ao meio ambiente. Além do aumento de consultores e o mercado em torno deste tema. E até o fortalecimento da Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps).
Portanto, existe uma nova economia para aquele empreendedor que quer juntar algumas crenças e valores ambientais com o tipo de negócio que desenvolverá. E fazer acontecer os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.