Você liga a televisão e vê alguns bancos falando que estão de acordo com as questões socioambientais; ou uma grande marca de desodorante comentando que diminuiu a sua embalagem, mas ainda possui a mesma ação do anterior, porém, diminuiu 30% de alumínio extraído do planeta; ou um refrigerante que é feito de pet 100% reciclado; ou ainda uma empresa de software que ajuda crianças vulneráveis socialmente. Mas o que está acontecendo? Na minha época as empresas vendiam os produtos e ponto. Não tinham que salvar o planeta ou as pessoas.
Pois é, isso é o movimento que cada vez mais está aumentando, a tal da sustentabilidade empresarial. Empresas conscientes do seu papel no planeta levando em consideração não somente as questões lucrativas, mas também os temas sociais e os ambientais.
A maioria dos consumidores (e alguns executivos) ainda entendem as questões do desenvolvimento sustentável somente como ações bacanas ambientais, como economizar papel, copos plásticos e reciclagem nos seus escritórios. Porém, é muito mais do que isso, é uma forma de comportamento empresarial com metas e estratégias ligadas ao tripé da sustentabilidade: econômicos, sociais e ambientais.
Este termo do desenvolvimento sustentável apareceu pela primeira vez no encontro da ONU, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1983. Esta comissão foi presidida pela então primeira ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, e gerou em 1987 um documento chamado Nosso Futuro Comum, também conhecido Relatório Brundtland. Este documento mostrou que temos que pensar em conjunto sobre o destino do planeta, ambiental e socialmente falando, entender que os recursos são finitos e que as pessoas têm uma base para seguir que é a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O termo sustentabilidade foi definido e amplamente divulgado a partir deste relatório, sendo como definido como “satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.
Sim, as empresas fazem parte deste planeta e são o motor do modelo econômico vigente. Não podem achar que este tema é somente “perfumaria” ou ferramenta de marketing barato. Pensar de acordo com o desenvolvimento sustentável é inserir o tema na estratégia e no dia a dia da empresa.
Para ter um mote comum, principalmente com os governos, a ONU desenvolveu os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que são 17, e buscam que todos os setores e as pessoas se unam para combater alguns desafios da moderna sociedade como: acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; garantir disponibilidade e manejo sustentável da água; garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável; entre outras.
Utópico ou não é só estar atento ao movimento das grandes empresas investindo em pesquisa e produtos como energia limpa, automóveis com combustíveis alternativos, produtos reutilizáveis, serviços colaborativos, enfim, diversas instituições que estão inovando com sustentabilidade. Moda ou necessidade, temos uma certeza: o tema do desenvolvimento sustentável veio para ficar.