Você já se imaginou trabalhando para um negócio que fará parte da próxima tendência econômica? Em um empreendimento que esteja dentro de um dos seis setores mais promissores, sendo que o seu mercado triplicará até 2020 atingindo 2,2 trilhões de dólares, segundo a ONU?
Pois bem, esta é a economia verde, uma iniciativa que foi lançada pelo PNUMA – Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente, em 2008, que visa mobilizar e reorientar a economia para investimentos em tecnologias verdes e infraestrutura natural. Este movimento possui apoio de economistas e tem as seguintes estratégias: valorizar e divulgar os serviços ambientalmente corretos para consumidores; gerar empregos; definir políticas nesse sentido; desenvolver instrumentos e indicativos do mercado capazes de acelerar a transição para uma economia verde. Além de estar totalmente em linha com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, aprovados em setembro de 2015.
Um dos setores que foi colocado na economia verde é a agricultura. Para este setor existe uma expectativa que o mercado mundial dos produtos alimentícios e de bebidas orgânicas duplique nos próximos anos, chegando a 105 bilhões de dólares. Quando o famoso chá Matte Leão, que agora é uma das marcas de bebidas não gaseificadas da Coca-Cola, resolve ter uma linha orgânica é que o nicho pode estar se massificando.
Outro setor é das energias renováveis, como os biocombustíveis, energia eólica, solar fotovoltaica entre outros. Este setor começa a aparecer também no país não só pelo biocombustível da nossa cana de açúcar, mas também as paisagens que já vêm sendo modificadas pelos grandes cata-ventos no nordeste e em outras regiões do país. Além disso, feiras como a Enersolar +Brasil, realizada em São Paulo, vêm ganhando visibilidade e cada ano mais expositores e visitantes.
Um outro setor desta economia é o turismo, principalmente com o ecoturismo, que está crescendo muito no país com agências especializadas e pacotes específicos para a grande massa. Segundo a Organização Mundial do Turismo, enquanto o turismo cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo cresce mais de 20%.
A pesca e a aquicultura é também um destes setores quando focados na pesca certificada. Esta pesca já possui uma captura anual de 18 milhões de toneladas de peixes e frutos do mar, cerca de 17% da pesca internacional.
O setor florestal não poderia deixar de estar nesta economia, neste caso, estamos focando naquelas florestas também certificadas e com processos que estejam dentro dos parâmetros mundiais de manejo.
E, por último, a indústria e suas práticas de sustentabilidade para garantir os negócios dentro das cadeias de fornecimento internacional. Neste sentido pode-se observar o aumento de empresas certificadas com a ISO 14.001 referente ao respeito ao meio ambiente. Além do aumento de consultores e o mercado em torno deste tema.
Portanto, existe uma nova economia para aquele empreendedor que quer juntar algumas crenças e valores ambientais com o tipo de negócio que desenvolverá. Este, podemos chamar de empreendedor da economia verde.